Tal como outros indicadores, o Cash-Flow (em português Fluxo de Caixa) permite apurar a saúde financeira de uma empresa e alertar para possíveis situações graves, que em última análise podem originar a falência técnica ou até mesmo a insolvência de uma empresa. Assim, importa conhecer algumas dicas sobre como aumentar o Cash-Flow.
O termo Cash-Flow (fluxo de caixa), representa a diferença entre as entradas e saídas de dinheiro de uma empresa durante um determinado período de tempo. Para apurar o fluxo de caixa é normalmente elaborado um mapa de cash-flow (mapa de tesouraria), que permite adicionar informações ao balanço e demonstração de resultados, dando a informação sobre os fluxos de capital no momento em que os mesmos são gerados.
Para que uma empresa possa progredir na cadeia de valor ou aguentar tempos de crise, é muito importante, que exista a liquidez necessária para efetuar novos investimentos e aumentar o nível de stocks sem que para isso tenha de colocar em risco a capacidade da empresa em honrar os compromissos de curto e médio prazo, ou seja, sem comprometer o Rácio de Solvabilidade.
Parece a forma mais óbvia para aumentar o fluxo de caixa da sua empresa, e eu concordo, no entanto, nem sempre é fácil e rápido obter um aumento significativo na performance da atividade comercial. Não interessa apenas vender, interessa vender bem! Para que um aumento de vendas se traduza efetivamente num aumento dos fluxos financeiros é necessário certificar que estamos a vender com uma margem que permite cobrir os custos diretos e indiretos da venda.
Resumidamente, poderá aumentar as vendas da sua empresa de 4 formas: aumentar o número de contactos a fazer, converter uma percentagem maior desses contactos em clientes, aumentar o número de compras de cada cliente, e por último, aumentar o valor médio de cada uma dessas compras.
A estrutura de custos de uma empresa, tem de estar perfeitamente alinhada com a capacidade de a mesma gerar receitas. Neste ponto é importante fazer um levantamento de todos os custos da empresa e identificar aqueles que não são essenciais à atividade e que podem ser reduzidos, através de uma negociação, ou simplesmente eliminados por não serem indispensáveis à atividade.
Poderá ainda adotar novas políticas de redução de custos, pedindo sugestões de melhoria aos colaboradores. Tenho a forte convicção de que vai ficar surpreendido com as dicas de poupança que lhe vão chegar.
Esta também não será uma dica totalmente imprevisível. Evidentemente que quanto maior forem os prazos de pagamento a um fornecedor, mais tempo o dinheiro fica dentro de portas, permitindo assim, que o mesmo possa, no tempo intermédio, ser usado para financiar despesas correntes de curto prazo.
Assim, deve aproveitar o poder negocial junto dos seus fornecedores, e tentar negociar prazos de pagamento a 60, 90 ou a 120 dias. Escusado será dizer que é tão importante negociar os prazos de pagamento como cumpri-los.
Ao contrário do ponto anterior, no que diz respeito ao tempo médio de recebimento dos nossos clientes, o objetivo é que o mesmo seja o mais curto possível. Quanto mais rápido recebermos dos nossos clientes, melhor será a relação entre as entradas de fluxos financeiros e as saídas (saldo sempre positivo).
Para encurtar o prazo médio de recebimento poderá optar, por exemplo, por ter uma política atrativa de descontos de pronto pagamento. Certamente, também para os seus clientes poderá ser uma mais valia o pagamento a pronto.
Os stocks, quer de produto acabado, intermédio ou de matérias-primas, devem estar o mais eficazmente possível, alinhados com as vendas da empresa. Diminuir o tempo médio de permanência das mercadorias dentro de armazém é um ponto-chave para uma gestão eficaz de stocks.
Stocks parados podem representar uma perda financeira muito significativa, uma vez que se trata efetivamente de “dinheiro parado”, e por norma, a desvalorizar diariamente.
Faça o planeamento da sua produção com base nas vendas, e consequentemente planeie as compras que terá de realizar para fazer face a essa produção. Se a sua empresa se dedica apenas à comercialização, ajuste o seu stock ao nível da procura.
A título de resumo, podemos dizer que é de extrema importância a gestão dos fluxos financeiros de uma empresa. Se nada for feito nesse sentido, é possível que uma empresa mesmo apresentando lucros, possa sentir dificuldades de tesouraria devido aos desfasamentos temporais entre entradas e saídas de fluxos financeiros.
Caso tenha alguma dúvida ou questão sobre este assunto, teremos todo o gosto em esclarecer. Envie-nos um email, com as suas questões para: info@onethousand.pt
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