Existem várias formas que permitem financiar uma nova empresa, desde subsídios a fundo perdido a empréstimos bancários em condições mais vantajosas. Neste artigo vamos apresentar-lhe algumas dicas para financiar um negócio e discriminar algumas opções que poderão representar a alternativa mais adequada para financiar o seu projeto de investimento.
O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) promove um conjunto de apoios à criação do próprio emprego e à criação de empresas para quem esteja em situação de desemprego. Conheça os apoios que poderá solicitar:
Poderá solicitar o pagamento do montante global do subsídio de desemprego de uma só vez, mediante apresentação de um plano de negócio financeiramente viável. Está modalidade tem a vantagem de poder ser acumulado com as linhas de crédito especial Microinvest (até 20 mil euros), Invest+ ( até 100 mil euros) e Investe Jovem (até 42 mil euros), beneficiando de isenção de juros ou taxas mais vantajosas e de garantia bancária.
O programa Investe Jovem tem por objetivo promover o empreendedorismo, a criação de emprego e o crescimento económico. São destinatários do Programa Investe Jovem os jovens que se encontrem inscritos como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP, I.P.), com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30 anos. Devem ainda possuir uma ideia de negócio viável e formação adequada para o desenvolvimento do negócio.
Investimento total entre 1.052 € e 42.100 €.
O Invest+, é uma medida no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego, promovido pelo IEFP, e que consiste na atribuição de apoios financeiros a projetos de criação do próprio emprego, ou seja, empresas de pequena dimensão. O crédito ao investimento é concedido por instituições bancárias, e beneficia de garantia, no quadro do sistema de garantia mútua, e de bonificação de taxa de juro.
O Invest+ poderá financiar projetos cujo o investimento é superior a 20 mil euros e inferior a 200 mil euros. O financiamento é no limite de 100 mil euros.
A Linha Microinvest visa apoiar projetos de empreendedorismo e de criação do próprio emprego até 20.000 euros, mediante o acesso ao crédito bancário em condições favoráveis. O projeto de criação de empresa na sua fase de investimento e criação de postos de trabalho não pode envolver a criação de mais de 10 postos de trabalho e um investimento total superior a €20.000.
Para todos aqueles que não têm acesso ao crédito bancário tradicional e precisam de financiar um negócio, o microcrédito poderá ser a solução ideal. Este sistema disseminou-se como um financiamento alternativo a cidadãos excluídos do crédito (por falta de rendimentos ou garantias), mas com boas ideias de negócio.
O montante máximo de financiamento é de 20 mil euros. Todos os tipos de negócio são admissíveis, no entanto este tipo de financiamento é dirigido a desempregados, jovens à procura do primeiro emprego e Microentidades (até 10 trabalhadores).
Esta alternativa é mais convencional e passa por pedir um empréstimo numa instituição bancária. A oferta de crédito mais vantajosa para o seu caso resultará da análise às taxas de juro e às comissões associadas, assim como às garantias necessárias. Para esta modalidade de financiamento é sempre necessária apresentação de um dossier de projeto que contemple um plano de negócios que demonstre a viabilidade da ideia subjacente ao negócio que pretende implementar.
O seu projeto empresarial traduz-se numa PME com elevado nível de inovação e valorização do território onde se insere? Nesse caso, poderá beneficiar dos apoios ao investimento, disponibilizados ao abrigo do programa Portugal 2020. Entre os vários sistemas de incentivo destacamos:
O Objectivo principal do Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego (SI2E) é estimular o surgimento de iniciativas empresariais e criação de emprego. Não se aplicando exclusivamente aos territórios de baixa densidade, o SI2E favorece através de majorações específicas os investimentos nelas realizados e sobretudo cria condições para uma maior dinâmica empresarial ao ajustar tipologias de projetos às condições reais das micro e pequenas empresas do interior.
Uma das prioridades assumidas é o combate ao desemprego, através da promoção da criação de emprego, materializada na elegibilidade da remuneração dos postos de trabalho criados e preenchidos por desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O Sistema de Incentivo à Inovação Produtiva visa apoiar investimentos focados na inovação tecnológica, bem como projetos que se propõem utilizar fatores competitivos tais como a sofisticação e utilização do marketing, o grau de controlo da distribuição e marketing, a entrada em mercados sofisticados e de elevado rendimento disponível, o foco no cliente e a construção de marcas fortes e de elevada notoriedade.
O objetivo principal deste Sistema de Incentivo à Internacionalização é reforçar a capacidade empresarial das PME através do desenvolvimento dos seus processos de qualificação para a internacionalização valorizando os fatores imateriais de competitividade.
O objetivo principal deste Sistema de Incentivo à Qualificação é reforçar a capacitação empresarial das PME através da inovação organizacional, aplicando novos métodos e processos organizacionais, com recurso a investimentos imateriais na área da competitividade.
Os apoios ao Empreendedorismo Qualificado e Criativo, no âmbito do Portugal 2020, têm como objetivo conceder incentivos financeiros a projetos que contribuam para a promoção do espírito empresarial facilitando, nomeadamente, o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas.
São suscetíveis de apoio os projetos de Empreendedorismo Qualificado e Criativo destinados à criação de empresas que desenvolvam atividades em setores com fortes dinâmicas de crescimento, incluindo as integradas em indústrias criativas e culturais, e ou setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento, assim como, à valorização da aplicação de resultados de I&D na produção de novos bens e serviços.
O apoio de Business Angels pode ser fundamental para financiar e capacitar uma ideia de negócio. Os Business Angeles são na sua maioria empreendedores que geraram capital suficiente para arriscar em novos projetos, investindo em negócios ainda em fase inicial, prestando também orientação e mentoring. Em troca de financiar um negócio, ficam com uma posição minoritária na empresa, com o objetivo de a vender no médio prazo por um valor bastante superior.
Poderá consultar mais informações sobre esta modalidade de financiamento através do website da Associação Portuguesa de Business Angels.
As entidades de capital de risco especializam-se no investimento em empresas emergentes, que se traduz na aquisição de uma parte do capital. As participações são temporárias (médio prazo) e estão particularmente focadas em startups inovadoras e altamente tecnológicas, com grande potencial de crescimento e rendibilidade. Por norma, os montantes de investimento são mais elevados do que um Business Angel poderia ceder.
Poderá consultar mais informações sobre esta modalidade de financiamento através do website da Associação Portuguesa de Capital de Risco.
Se o seu capital não for suficiente para financiar o negócio que pretende desenvolver, pode optar por recorrer primeiro ao seu círculo de amigos e conhecidos. Apostar no crowdfunding, i.e. financiamento colaborativo, é uma forma prática de captar o interesse de “Family, Fools and Friends” e crescer para um leque potencial de pequenos investidores particulares.
Poderá lançar uma campanha de angariação de fundos numa plataforma online de crowdfunding, explique a sua ideia de negócio e estabeleça um objetivo de financiamento. A partir daí, a porta está aberta para receber donativos.
Tem um negócio que pretende implementar? Teremos todo o gosto em conversar consigo e fazer um enquadramento gratuito ao seu projeto. Contacte-nos.