As preocupações com a desindustrialização na Europa tem levado, os Governos Europeus e a Comissão Europeia a avaliar a necessidade de refletir estrategicamente sobre o futuro da indústria e à definição de planos de ação.
A reindustrialização da Europa – processo denominado “Indústria 4.0” – é na verdade um processo de profunda transformação da forma como pensamos, concebemos, produzimos, distribuímos e utilizamos os produtos, potenciado pelo desenvolvimento e disponibilização, a preços cada vez mais competitivos, de uma nova geração de tecnologias digitais.
Este conceito engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controlo e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de produção. A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autónomos e customizáveis.
A Indústria 4.0 configura uma quarta revolução industrial – depois das três anteriores: a da mecanização, a da eletrificação e a da automatização.
Esta nova revolução caracteriza-se pela introdução de um conjunto de tecnologias digitais nos processos de produção, na relação entre os vários intervenientes na cadeia de valor, na relação com o cliente ou mesmo no modelo de negócio.
São nove as principais tecnologias da indústria 4.0, sendo estas determinantes da produtividade e crescimento das indústrias sobre esta nova configuração:
A nova revolução industrial na Europa está em curso, pelo que Portugal terá de promover o ajustamento das suas estratégias de desenvolvimento industrial, de modo a evitar perder o “novo comboio” do desenvolvimento económico do espaço europeu.
Em abril de 2016, o governo português criou um Comité Estratégico da Iniciativa Indústria 4.0, para o qual convidou 64 empresas nacionais, dos mais variados sectores, a fazer parte de grupos de trabalho que têm como objetivo apresentar medidas concretas que contribuam para o posicionamento na “linha da frente” da quarta revolução industrial.